quarta-feira, 27 de maio de 2009

Era uma vez um tatu bola...

Esta é uma história para trabalhar noção de localização na pré-escola!
Os desenhos são fáceis de ampliar!! espero que gostem!!






Era uma vez um tatu bola,
pra bola se enrola,
pra tatu, se desenrola!





Brincava no meio do cafezal
quando teve uma idéia genial:
- vou procurar meus amigos
para um pequinique especial... (Meio)





- Cadê o tatu
que mora em cima do espantalho? (em cima)





Escorregou e caiu no aquário. (dentro)






- Cadê o tatu
que mora em baixo da banheira? (embaixo)





Está passando por cima da fruteira. (por cima)






- Cadê o tatu que mora perto das abelhas? (perto)





Está escondido entre flores brancas e vermelhas! (entre)





- Cadê o tatu que mora junto a borboleta? (junto)







Está viajando ao redor de um planeta... (ao redor)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

A Brincadeira e o Jogo na Educação Infantil!

Este foi um trabalho apresentado na disciplina de Educação Infantil, durante o 4º Período na Uneb - Juazeiro - Bahia. Fiquei muito feliz em encontra-lo nos meus arquivos e resolvi partilhar com vocês... Espero que gostem.




Algo sagrado na vida de uma criança é a brincadeira. A importância do ato de brincar é tanta que a sua falta pode resultar num adulto inibido e incapaz de realizar seus desejos e fantasias. “É na fase do brincar que se dá a delineação psíquica de um dos pilares da criatividade de todo ser humano. O brincar é universal, saudável e facilita a comunicação consigo e com os outros, propiciando experiências de imaginação e criatividade inéditas”. Observa a psicóloga Kelly Cristina Arrigatto Gonçalves.




Brincar é fonte de lazer, mas é, simultaneamente, fonte de conhecimento; é esta dupla natureza que nos leva a considerar o brincar parte integrante da atividade educativa. Além de possibilitar o exercício daquilo que é próprio no processo de desenvolvimento e aprendizagem, brincar é uma situação em que a criança constitui significados, sendo forma tanto para a assimilação dos papéis sociais e compreensão das relações afetivas que ocorrem em seu meio, como para a construção do conhecimento.



Na educação infantil, é difícil estabelecer um horário para a brincadeira e um horário para a aprendizagem. Hoje sabe-se que a criança aprende brincando. O mundo em que ela vive é descoberto através de jogos dos mais diversos tipos que vão dos mais simples de encaixe às mais curiosas brincadeiras folclóricas. O jogo, para a criança, é o exercício e a preparação para a vida adulta. É através das brincadeiras, seus movimentos, sua interação com os objetos e no espaço com outras crianças que ela desenvolve suas potencialidades, descobrindo várias habilidades.



Os métodos de ensino foram a preocupação dos educadores durante anos. Não se dava praticamente nenhuma importância para a maneira em que o aluno assimilava os conteúdos e se a aprendizagem era realmente eficaz. Atualmente, a preocupação está em descobrir como a criança aprende. O professor pode usar uma estratégia de ensino excelente, na sua visão, mas se não estiver adequada ao modo de aprender da criança, de nada servirá. Toda criança gosta de brincar. Então, se a criança aprende brincando, por que então não ensinarmos da maneira que ela aprenda melhor, de uma forma prazerosa e, portanto, eficiente?



A utilização de certos jogos e brincadeiras como facilitadores na aprendizagem, na educação infantil, são sem dúvida, a solução para se obter resultados positivos no processo de ensino – aprendizagem das crianças. Mas, é importante que se tenham bem definidos os objetivos que queremos alcançar quando trabalhamos como o lúdico, e ter cuidado também com as brincadeiras que vamos mediar, para que esta esteja ligada ao momento correto do desenvolvimento infantil.




Como já sabemos, os brinquedos e as brincadeiras são fontes inesgotáveis de interação lúdica e afetiva. Para uma aprendizagem eficaz é preciso que o aluno construa o conhecimento, assimile os conteúdos. E jogo é um excelente recurso para facilitar a aprendizagem. Neste sentido, CARVALHO afirma que:




"desde muito cedo o jogo na vida da criança é de fundamental importância, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos se mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade portanto, real valor e atenção as atividades vivenciadas naquele instante." (1992,p14)

E acrescenta, mais adiante:
"e o ensino absorvido de maneira lúdica, passa a adquirir um aspecto significativo e afetivo no curso do desenvolvimento da inteligência da criança, já que ela se modifica de ato puramente transmissor a ato transformador em ludicidade, denotando-se portanto em jogo."(1992,p28)



As ações com o jogo devem ser criadas e recriadas, para que sejam sempre uma nova descoberta, e sempre se transformem em um novo jogo, em uma nova forma de jogar. Quando brinca, a criança toma certa distância da vida cotidiana, entra em seu mundo imaginário e ilusório, não estando preocupada com a aquisição de conhecimento ou desenvolvimento de qualquer habilidade mental ou física.


O que importa, neste caso, é o processo em si de brincar, algo que flui naturalmente, pois a única finalidade é o prazer, a alegria, a livre exploração do brinquedo. Diante dessas informações sobre o prazer de se aprender brincando, sobre a facilidade que o professor tem em conduzir uma aula, partindo da curiosidade dos alunos, atualmente, muitos educadores pensam que dinamizar as suas aulas utilizando jogos e brincadeiras é pura "perda de tempo". Todavia é fundamental conscientizar esses professores da importância do brincar. Mas como fazê-lo?



O brincar sendo direcionado, seguindo uma linha de aprendizagem para o alcance de objetivos é o caminho. Torna-se importante levar o educador a refletir sobre a sua prática pedagógica no que diz respeito à utilização de jogos e brincadeiras, no decorrer de suas aulas, e também de buscar informações, sobre a prática de ensino de alguns educadores que trabalham com crianças e que conciliam as suas aulas com os jogos e com as brincadeiras. É importante também investigar sobre algumas brincadeiras e jogos que, ainda que pareçam sem importância para os adultos, testam diversas habilidades e conhecimento da criança.
Exemplo de episódio verídico:

No parque, crianças de 4 anos brincam com areia. Uma delas se aproxima da professora e oferece "o bolo de chocolate" que havia feito com areia:
__ Professora, experimenta. Fui eu que fiz.
__
Hum! Que delícia! Mas agora me deu sede. Você não quer fazer um suco para mim?
__ Tá bom. A criança mistura água com um pouco de areia num copinho de danone.
__ Professora, olha o suco.

__ Do que é?

__ É de laranja.

__ Que tipo de laranja?
__ Laranja – lima.
A criança volta e faz outro bolo, só que agora com enfeites de folha de árvore, e o oferece à professora.

__ Você só sabe fazer doce?

__ Não.
__ Então eu quero um salgado.
__ Eu vou preparar um salgadinho doce.
A criança volta com várias bolinhas de areia nas mãos.
__ Obá! Que salgadinho é esse?
__ Bolinha de queijo.
A professora fingindo comer o salgadinho oferece-o a outra criança:
__ Quer uma, Matheus?
__ Eu não!!! __ responde Matheus.
__ Ah! Nós come de mentirinha __ diz a primeira criança.


(Episódio extraído do relatório de estágio de Juliana Nogueira, aluna do curso de Magistério, 1993)



No episódio citado acima percebe-se claramente que, a professora ao passar a fazer parte da brincadeira que surgiu naturalmente de uma aluna, aproveitou a mesma para criar situações de aprendizagem: ao perguntar se a menina só sabia fazer doce, de que fruta era o suco, entre outras. Assim a professora explorou o brincar, enriquecendo-o, possibilitando maior organização e significado.


Sem dúvida, o jogo tem um valor de formação de caráter excitante e também esforço voluntário, pois trabalha a nossa atenção, concentração e conhecimento. Com a criança não é diferente. Tendo como característica universal a brincadeira, a criança, através do brincar e do jogo, faz suas próprias descobertas, testa seus limites, aprende regras básicas de convivência e desenvolve o emocional e o cognitivo. Vimos através do exemplo prático que a criança aprende brincando, pois a brincadeira é algo sem "compromisso" que se realiza naturalmente, sem cobranças.


Segundo HAIDT (2000), o jogo é uma atividade física ou mental organizada por um sistema de regras. É uma atividade lúdica, pois se joga pelo simples prazer de realizar esse tipo de atividade. Para o autor, quando se está brincando com um jogo, nós nos preocupamos exclusivamente com o prazer que este nos proporciona, atentamos para as regras e, no final se saíram vencedores ou perdedores. Mas, analisando profundamente esta questão, a participação em jogos contribui e muito para a formação de futuros cidadãos conscientes, como o respeito mútuo, a solidariedade, a cooperação, a sinceridade, a obediência às regras, senso de responsabilidade, entre outros.

Sem dúvida, o jogo tem um valor de formação de caráter excitante e também esforço voluntário, pois trabalha a nossa atenção, concentração e conhecimento. Com a criança não é diferente. Tendo como característica universal a brincadeira, a criança, através do brincar e do jogo, faz suas próprias descobertas, testa seus limites, aprende regras básicas de convivência e desenvolve o emocional e o cognitivo. Vimos através do exemplo prático que a criança aprende brincando, pois a brincadeira é algo sem "compromisso" que se realiza naturalmente, sem cobranças.



“Brincar não é perder tempo, é ganhá-lo. É triste ter meninos sem escola, mas mais triste é vê-los enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação humana".
Carlos Drummond de Andrade


sábado, 23 de maio de 2009

Manipulação Infantil!


Choros, gritos, queixas injustificadas … tudo vale quando há um objectivo a atingir. Mas não se deixe enganar…. é tudo pura manipulação!

Às vezes até nos espantamos com o “talento” que algumas crianças têm para manipular os adultos. Elas fazem olhinhos de choro, queixam-se, amuam … insistem até à exaustão com o propósito de “levar a água ao seu moinho”.
Certo é que muitas vezes o conseguem, pois acabam por vencer os mais velhos pelo cansaço! “Porque é que o Joana pode ir e eu não? “, “ a Maria pode ficar a ver televisão até tarde, porque é que eu não posso?”, as comparações são uma das técnicas mais comuns quando falamos em manipulação.
Todas as crianças começam desde cedo a tentar controlar os pais. Pouco a pouco apercebem-se que algumas estratégias são eficazes e não hesitam em utilizá-las.
Tentam encontrar os pontos fracos, que passam muitas vezes por manifestações de carinho (abraços, beijos) e testar os limites dentro dos quais se podem mover. Vão tacteando e, se não lhes forem impostas regras, continuam à procura dos limites o que os vai transformar em pequenos seres provocadores e insaciáveis.
De igual modo, quando as regras não são claras e estão constantemente a mudar, cria-se uma grande confusão que pode aumentar a tendência para o conflito e para a manipulação.

Capacidade inata ou apenas imitação?

Um bebé consegue entender que quando chora é agarrado pela mãe, portanto vai fazê-lo repetidamente. Ninguém os ensina directamente, mas os adultos acabam por lhes indicar o caminho.
Quem não recorre ao “suborno” como forma de controlar uma criança? Através da utilização da técnica punição/recompensa é que muitos comportamentos são modelados, o que por vezes nos esquecemos é que as crianças aprendem por imitação.
A utilização da recompensa é uma boa estratégia educativa quando usada com conta, peso e medida, quando se abusa dessa técnica os resultados acabam por ser desastrosos.
Muitos pais, em desespero de causa, optam pelos prémios e as crianças começam a jogar com isso a ponto de só se comportarem bem se forem recompensadas. Claro que esse não é objectivo da educação.
A motivação deve vir de dentro para fora, ou seja, os mais novos deverão ser educados no sentido de se comportarem de forma adequada por isso ser o melhor para eles, não porque esperam vir a ser recompensados materialmente (quanto muito poderão esperar uma dose extra de carinho da parte dos educadores).

Conflitos familiares

“Pois… mas eu na casa do pai posso fazer isso e aqui não. Tu não gostas de mim!”. Este tipo de cena é muito comum. Comparar, semear a discórdia entre os pais constitui uma das técnicas de manipulação emocional.
Por isso mesmo há que estar alerta e ter a resposta sempre preparada. É absolutamente normal que os pais não estejam sintonizados em determinadas regras.
Cada um tem a sua história familiar e interiorizou modelos de conduta certamente bastante distintos. Quando há um divórcio todas essas diferenças se acentuam, mas mesmo em casais que vivem juntos existem diferenças no modo como encaram a educação dos filhos.
Por este motivo, é muito importante que haja diálogo entre o casal, pois só assim se trocam experiências e criam consensos. O ideal seria que começassem a fazê-lo quando os filhos são ainda um projecto, antes de sentirem a pressão da criança real. De qualquer modo, é absolutamente fundamental que a criança não tenha a ideia de ter o poder de semear a discórdia entre os pais. Caso isso aconteça, vai sentir-se culpada e essa culpabilidade aumenta a insegurança e fragiliza-lhe a autoestima.

Manipulação entre irmãos

As brigas entre irmãos sempre existiram e sempre existirão. Sabe-se também que a maior parte das vezes têm como objectivo atingir os pais, pois se observarmos bem, muitos irmãos dão-se lindamente quando estão sozinhos e apenas iniciam lutas quando os pais estão por perto.
Depois seguem-se as cenas habituais. Um dos pais vai ter de desempenhar o papel de juiz e designar um deles como culpado. A vítima, porém, passa a usar a situação em seu benefício “pois… eu sou sempre o culpado, ela pode fazer tudo, eu não …”.
Geralmente esta técnica dá resultado, porque faz eco na consciência dos pais, fazendo-os cair nas malhas do manipulador. Perante esta situação há que manter a cabeça fria e agir com calma. Uma regra básica é a de evitar ao máximo intrometer-se nas brigas entre irmãos. Eles é que iniciaram o conflito, portanto são eles que têm de encontrar a solução. Em hipótese alguma deve interceder por um, uma vez que está, automaticamente a tomar o partido do outro, a aumentar a rivalidade e a criar uma relação de vilão/vitima. Um passa a ser o manipulador enquanto que o outro goza dos privilégios de ser o querido da família.

Como lidar com a manipulação?

Evite recorrer à chantagem como forma de controlar o seu filho. Tenha presente que as crianças aprendem por imitação. Fale claramente com a criança e explique-lhe o que espera que ela faça Estimule-a no sentido de aprender a decidir. Dê-lhe várias opções e peça-lhe que se decida apenas por uma. Face a uma birra, não se deixe intimidar. Deixe que esperneie e grite… no final fale com ele calmamente e explique-lhe que não é através desses meios que vai conseguir atingir os objectivos.


sexta-feira, 22 de maio de 2009