domingo, 1 de fevereiro de 2009

PLANEJAMENTO: O caminho para uma boa aula




Só ensina bem quem sabe onde quer levar os alunos e se prepara para chegar lá...



Como você sabe, toda aula começa muito antes do momento de entrar em classe. Algumas vezes é preciso gastar horas para organizar materiais e espaços. Em outras, bastam alguns minutos. Mas sempre existe um esforço de preparar o trabalho com os alunos. “Mesmo o professor mais intuitivo precisa fazer planos”, diz Magdalena Jalbut, coordenadora do curso de Magistério do Centro de Estudos da Escola Vera Cruz (Cevec), de São Paulo.
A atividade de planejar, invisível para os estudantes, é considerada complicada, chata e burocrática. “Durante décadas o professor foi obrigado a fazer planejamentos que não tinham nada a ver com o seu dia-a-dia”, comenta Darcy Raiça, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). “Para muita gente, planejar significava copiar o índice do livro didático”, diz ela. Felizmente esse engano está sendo desfeito. Assim como não se levanta um prédio sem plantas e cálculos, não se constrói educação sem planejamento. A fórmula para planejar é simples.
Primeiro definem-se os objetivos, pensando nos interesses e nas possibilidades do aluno. Depois o caminho para alcançá-los, com materiais, espaços, técnicas e tempo disponíveis. Entre o primeiro e o último ponto é preciso caminhar muito, mas quem faz o percurso encontra a chave do sucesso.





ESQUEÇA A BUROCRACIA
Acabou a idéia de que planejar é ir a reuniões chatas em que o professor se sente como um carimbador de papéis. "Antes o plano vinha pronto, em pacotes", comenta Regina Scarpa, formadora de professores há dez anos. "Hoje quem leciona tem espaço para criar.”







CONHEÇA BEM DE PERTO O SEU ALUNO

Para planejar, é preciso conhecer as condições e os interesses dos estudantes. "Pergunte-se sempre: 'O que meu aluno deve e pode aprender?", indica Marcos Lorieri, professor da PUC de São Paulo.




FAÇA TUDO OUTRA VEZ (E MAIS OUTRA)

O plano de ensino é um documento pronto, que serve de base para o planejamento. Já o planejamento é um processo. Ele deve ser sempre alterado, de acordo com as necessidades da turma.





ESTUDE MUITO PARA ENSINAR BEM

"Uma pessoa só pode ensinar aquilo que sabe", sentencia Marcos Lorieri. Por isso, veja se você conhece bem os assuntos de que vai tratar. Claro que também é preciso saber como ensinar.




COLOQUE-SE NO LUGAR DO ESTUDANTE
Quando pensar numa aula, tente se colocar no lugar do estudante. Você deve saber se os temas trabalhados em sala são importantes do ponto de vista do aluno.




DEFINA O QUE É MAIS IMPORTANTE
"Dificilmente será possível trabalhar todos os conteúdos com toda a turma", afirma Lorieri. Os critérios para estabelecer o que é mais importante ensinar devem ser as necessidades e as dificuldades dos alunos.




PESQUISE EM VÁRIAS FONTES
Toda aula requer material de apoio. Reserve tempo para pesquisar. Busque informações em livros, jornais, revistas, discos, na internet ou em qualquer fonte ligada a seu plano de trabalho, sem preconceitos.



USE DIFERENTES MÉTODOS DE TRABALHO
O professor deve aplicar diferentes métodos, como aulas expositivas, atividades em grupo e pesquisas de campo. "Combinar várias formas de trabalho é a essência da arte de ensinar", define Marcos Lorieri.




CONVERSE E PEÇA AJUDA
Seu coordenador precisa ajudar você a planejar. Ele deve contribuir para que seu trabalho seja coerente com o projeto pedagógico da escola. Conversar com os colegas também é útil. Aproveite as reuniões.




ESCREVA, ESCREVA, ESCREVA
Uma boa idéia para analisar o que está ou não está dando certo em seu trabalho é comprar um caderno e anotar, no fim do dia, tudo o que você fez em classe, suas dúvidas e seus planos. Esse é um modo prático de atualizar o planejamento.


A Pedagogia da Autonomia, Saberes Necessários ao Professor, Paulo Freire, Paz e Terra;
Conversas com Quem Gosta de Ensinar, Rubem Alves, Artes Poéticas;
Ensinar e Aprender na Educação Infantil, Eulália Bassedas, Teresa Huguet e Isabel Solé, Artes Médicas;
Era Assim, Agora Não, uma Proposta de Formação de Professores, Regina Scarpa, Casa do Psicólogo;
O Diálogo entre o Ensino e a Aprendizagem, Telma Weisz com Ana Sanches, Ática.



Fonte:http://www.piodecimo.com.br/faculdade/download/pedagogia_plena/REEDUC/nova_pagina_2.htm

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

EDUCAR - RUBEM ALVES

Eu recebi um slide com essa mensagem de Rubem Alves e me apaixonei...
Quero compartilhar com vocês que visitam meu blog.


Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu.
O educador diz: “Veja!” - e, ao falar, aponta. O aluno olha na direção apontada e vê o que nunca viu. Seu mundo se expande. Ele fica mais rico interiormente...
E, ficando mais rico interiormente, ele pode sentir mais alegria e dar mais alegria - que é a razão pela qual vivemos.

Já li muitos livros sobre psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da educação – mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de qualquer referência à educação do olhar ou à importância do olhar na educação, em qualquer deles.

A primeira tarefa da educação é ensinar a ver. É através dos olhos que as crianças tomam contato com a beleza e o fascínio do mundo. Os olhos têm de ser educados para que nossa alegria aumente.
A educação se divide em duas partes: educação das habilidades e educação das sensibilidades. Sem a educação das sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido.Os conhecimentos nos dão meios para viver. A sabedoria nos dá razões para viver.

Quero ensinar as crianças. Elas ainda têm olhos encantados. Seus olhos são dotados daquela qualidade que, para os gregos, era o início do pensamento: a capacidade de se assombrar diante do banal.
Para as crianças, tudo é espantoso: um ovo, uma minhoca, uma concha de caramujo, o vôo dos urubus, os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu, um pião na terra. Coisas que os eruditos não vêem.

Na escola eu aprendi complicadas classificações botânicas, taxonomias, nomes latinos – mas esqueci. Mas nenhum professor jamais chamou a minha atenção para a beleza de uma árvore, ou para o curioso das simetrias das folhas.
Parece que, naquele tempo, as escolas estavam mais preocupadas em fazer com que os alunos decorassem palavras que com a realidade para a qual elas apontam.

As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos.

Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem... O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Quando a gente abre os olhos, abrem-se as janelas do corpo, e o mundo aparece refletido dentro da gente.

São as crianças que, sem falar, nos ensinam as razões para viver. Elas não têm saberes a transmitir. No entanto, elas sabem o essencial da vida. Quem não muda sua maneira adulta de ver e sentir e não se torna como criança jamais será sábio.



Rubem Alves – Nasceu em 15 de setembro de 1933, em Boa Esperança, Minas Gerais. Mestre em Teologia, Doutor em Filosofia, psicanalista e professor emérito da Unicamp. Tem três filhos e cinco netas. Poeta, cronista do cotidiano, contador de histórias, um dos mais admirados e respeitados intelectuais do Brasil.

Ama a simplicidade
Ama a ociosidade criativa
Ama a vida, a beleza e a poesia
Ama as coisas que dão alegria
Ama a natureza e a reverência pela vida
Ama os mistérios
Ama a educação como fonte de esperança e transformação
Ama todas as pessoas,
mas tem um carinho muito especial pelos alunos e professores
Ama Deus,
mas tem sérios problemas com o que as pessoas pensam e/ou dizem a Seu respeito
Ama as crianças e os filósofos – ambos têm algo em comum:
fazer perguntas
Ama, ama, ama, ama...

"As crianças não têm idéias religiosas, mas têm experiências místicas.Experiência mística não é ver seres de um outro mundo.É ver este mundo iluminado pela beleza..."

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

ENSINANDO AS VOGAIS COM MÚSICA




Letra A

Esta é a letrinha
que agora vou treinar.
Subo, desço, faço a volta,
redondinha vai ficar

A de abelhinha,
a de avião.
é a primeira letra,
não esqueço, não!

(Música - Fui no Itororó)




Letra E

Subo e faço um lacinho,
escrevo um e enroladinho. (bis)

Elefante tem rabinho
que é um e tão bonitinho!

Eu escrevo elefante
com um e bem elegante. (bis)

(Música - Peixe vivo)




Letra I

O i é uma letrinha,
muito fácilde traçar.
Sobe, desce, uma curvinha
e depois é só pingar!

A letra i -i - i
nas costas do siri
cantava tão alegre
fá - sol - lá - si - si.

(Música - Seu Juca)





Letra O


A letra o é redonda,
bem redondinha e levada.
Parece que tem bonezinho.
Mas que letrinha engraçada!

Viva, viva o ô de vovô!
Viva, viva o ó de vovó!

(Música - Samba-Lelê)



Letra U

Sobe, desce, uma curvinha,
sobe, desce outra vez.
Tra-la-la-la-lá!
A letra u já está prontinha
e com ela vamos cantar.

U de tatu.
de peru, angu,
u de Xampu
da peruca do urubu!

(Música - Pai Francisco)




As Vogais

Eu agora vou escrever
as vogais que eu aprendi:
gordinhas, com
voltinhas
ou magrinhas como o i.

O a que tem na arara,
o e do elefante,
o de ovo e ovelhinha,
falta o u tão elegante!

(Música - Terezinha de Jesus)


Fonte:
Azevedo, Dirce Guedes de
Um Jeito de Aprender Caligrafia / Dirce Guedes de
Azevedo - São Paulo: FTD, 1998. -
(Coleção: Um Jeito de Aprender Caligrafia.)





segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

MODELO DE PLANO DE AULA.



1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

Escola: Velho Chico

Disciplina: Ciências

Ano: Turma: A,B
Professor (a): Elizangela Cruz



2. CAPACIDADE REFERENCIAL: (Objetivo Específico)
  • Compreender a organização funcional do meio ambiente, caracterizando os componentes da natureza e analizando a diferença entre seres vivos e seres não vivos.
3. OBJETIVOS OPERACIONAIS. (Objetivos Gerais)
  • Conceituar meio ambiente;
  • Distinguir os componentes da natureza;
  • Analisar a diferença entre o ser vivo e o ser não-vivo;
4. CONTEÚDOS CONCEITUAIS E ATITUDINAIS ASSOCIADOS:
  • Conceituais: Meio Ambiente: o ar, a água, o solo, a luz do sol, as plantas e os animais.
  • Atitudinais: Interesse pelo conhecimento e pela compreensão dos conteúdos.
5. CONHECIMENTOS PRÉVIOS:
  • Informações a respeito do ambiente em que o aluno vive.
6. PROCEDIMENTOS DE ENSINO:
  • Projeção em vídeo do filme: "Natureza e Vida", que será utilizado para iniciar a discussão sobre conceito de meio ambiente que cada aluno possui;
  • Dividir a turma em 6 grupos, onde cada grupo ficará responsável por abordar um dos componentes da natureza (ar, água, solo, luz do sol, plantas e animais) explicando sua importância na vida dos seres vivos.
  • Desenhar o meio ambiente em que o aluno vive;
  • Exposição de cartazes elaborados pelos alunos retratando os seres vivos e não vivos;
  • Proposição de exercício no livro didático;
  • Para encerrar será feita uma revisão de tudo o que foi discutido e visto nesta aula;
7. RECURSOS:
  • Livro didático, cartolina, piloto, lápis de cor, lápis, borracha, caderno, cola, figuras para ilustrar o cartaz e outros.
8. AVALIAÇÃO:
  • Será realizada após observar a coerência entre as respostas dadas no exercício e o que foi discutido em sala de aula; E a participação nas atividades propostas e os objetivos operacionais.
9. TEMPO PREVISTO:
  • 04 sessões h/a.
10. REFERÊNCIA:
  • NORONHA, Maria Eduarda e SOARES, Maria Luíza. Ciências 3º Ano. Ensino Fundamental. Ed. Bianca Glasner.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

VOLTA ÀS AULAS

Fonte:FERRAMENTA PEDAGÓGICA

Sugestões de Dinâmicas para o 1º dia de aula:

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1)- ÁRVORE DOS SONHOS

Representar uma árvore no papel pardo ou cartolina; afixá-la no painel ou parede. Em cima da árvore, escrever uma pergunta relacionada com o assunto (pode ser sobre questões ambientais, regras de convivência, o ambiente escolar etc) que será tratado durante o bimestre, trimestre... Ex.: Como gostaríamos que fosse...?

Cada criança receberá uma "folha da árvore" para escrever seu sonho, o sonho é o que a criança espera que "aconteça de melhor" para o assunto em questão. Depois, pedir para cada criança colocar sua folha na árvore dos sonhos.

Obs: Esta atividade poderá ser retomada durante o período que for trabalhado o assunto, ou ao final do período para que haja uma reflexão sobre o que eles queriam e o que conseguiram alcançar.

2)- DA CONFUSÃO À ORDEM

Estas atividades são ideais para que a criança perceba a necessidade da organização para o bom desempenho das atividades. O professor pode, a partir da fala das crianças, levantar algumas regras para a organização em sala de aula. Pedir para que as crianças, todas ao mesmo tempo, cantarem uma música para o seu companheiro do lado (esta atividade gerará um caos); depois pedir a um aluno que cante a música dela para a classe. As crianças perceberão como o caos é desagradável e como a ordem tem um sentido.

O professor poderá levantar com as crianças outras situações vividas onde a organização é essencial.

3)- O LAGO DE LEITE


(Despertar no aluno o prazer do trabalho em conjunto e a importância da ação individual na contribuição com o todo.O professor poderá falar um pouco sobre o trabalho na série, para que as crianças entendam a importância do envolvimento de todos para a realização do mesmo).

Em um certo lugar no Oriente, um rei resolveu criar um lago diferente para as pessoas do seu povoado. Ele quis criar um lago de leite, então pediu para que cada um dos residentes do local levassem apenas 1 copo de leite; com a cooperação de todos, o lago seria preenchido. O rei muito entusiasmado esperou até a manhã seguinte para ver o seu lago de leite. Mas, tal foi sua surpresa no outro dia, quando viu o lago cheio de água e não de leite. Em seguida, o rei consultou o seu conselheiro que o informou que as pessoas do povoado tiveram o mesmo pensamento: "No meio de tantos copos de leite se só o meu for de água ninguém vai notar..."

Questionar com as crianças: Que valor faltou para que a idéia do rei se completasse? Após a discussão é interessante que os alunos construam algo juntos, como por exemplo: o painel da sala. A sala pode ser decorada com um recorte que, depois de picotado, forma várias pessoas de mãos dadas, como uma corrente.





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ATIVIDADES